O Colégio
Sant’Ana é a segunda casa de missão no Brasil, fundada pelas Irmãs Dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Monteils, na
cidade de Goiás, antiga capital do Estado.
As
fundadoras foram oito Irmãs francesas, três das quais já haviam morado em
Uberaba e as outras cinco haviam partido da França em maio de 1889.
A
viagem da França ao Brasil foi de navio, e de Uberaba para Goiás a cavalo – 120
léguas – gastaram 29 dias.
O
Bispo de Rodez, na França, o superior das Irmãs, exigiu a assinatura de Dom
Cláudio Ponce de Leão num contrato de onze cláusulas, das quais o primeiro
artigo dizia: “O colégio será dirigido e administrado palas religiosas
Dominicanas de BOR e compreenderá a educação das jovens ricas, pobres,
filhas de escravos e ainda, visita aos doentes em domicílio”.
Chegaram
em Goiás no dia 05 de setembro de 1889,
ocupando a casa que o bispo lhes dera, fundando assim a instituição do Colégio
Sant’Ana.
Quando
as Irmãs fundadoras do Colégio Sant’Ana chegaram foram recebidas com uma enorme
festa com duas bandas de música e uma chuva de fogos de artifício, pois não foi
fácil para o Bispo trazê-las.
A
casa do Bispo, transformada na escola, era pequena, mas agradável. No primeiro
dia apareceram cinco alunas que desejavam ser internas e uma centena de
externas. A maior preocupação das Irmãs era acolher as crianças pobres e as
filhas de escravos mais sofridas.
O
Colégio Sant’Ana era a principal escola feminina de Goiás. Compunha-se de 03
casas. Na primeira, de cima para baixo, ficava a Capela, com janelas para o
Largo, a clausura e o refeitório. A segunda servia de escola gratuita para as
meninas pobres. Na terceira, ficava a sala de música, com piano. As salas de
aula ficavam nos fundos. Possuía em seu internato grande número de alunas, a
maioria vinda do interior do Estado.
Entre
os grandes homens que ajudaram a fazer a história do Colégio Sant’Ana,
encontra-se o Coronel Rufino Ramos Jubé, Presidente do senado, que em 1907
conseguiu a equiparação do Colégio à Escola Normal do Estado, obtendo o direito
de formar Professores e distribuir diplomas, pela Lei 301 de 18 de julho de
1907.
Em
abril de 2010, o Colégio foi contemplado com o Projeto de Restauração concedido
pelo IPHAN que revitalizou as dependências mais antigas.
No
dia 30 de setembro de 2011, o Colégio, juntamente com o IPHAN, promoveram a
festa de inauguração do Restauro que contou com a participação de figuras
ilustres da comunidade Vilaboense, ex-alunos e irmãs da Ordem Dominicana que
contribuíram para a história da Instituição. Nesse dia, se fizeram presentes
representantes do Governo Municipal, Estadual e Federal e como grande
entusiasta o cantor e compositor Marcelo Barra que abrilhantou com suas
melodias toda comunidade presente.
Lançada
a sementinha em 1889, o Colégio Sant’Ana está crescendo pouco a pouco... 20,
30, 66, 70...100. E hoje, 2013, temos em média 300 alunos com os cursos
devidamente autorizados de Educação Infantil e Ensino Fundamental.
O
Colégio Sant’Ana educando gerações na Cidade de Goiás.